quinta-feira, 2 de julho de 2009

Minha vida como educadora em EaD na SEEDF


Dentro da minha trajetória como educadora na Secretaria de Educação do Distrito Federal-SEEDF, faço aqui um recorte do período em que trabalhei com educação a distância.

Participei de uma seleção interna pública em 2004 e passei a integrar a equipe inicial de EaD, com vistas à implantação da Educação de Jovens e Adultos - EJA -3º Segmento a distância. Nossa coordenadora geral e uma das elaboradoras do projeto era Carla Madeira, mestre em Gestão da Educação a Distância. Aprendi muito com ela!

Preparamos todo o material digital e o colocamos em um plataforma educacional:Eproinfo, do MEC. Coube a mim à elaboração dos módulos virtuais de Filosofia. Estava muito feliz em aprender tanta coisa em tão pouco tempo! O grupo mostrava-se bastante estimulado e dividíamos conquistas e angústias com a mesma intensidade!

Recebemos os primeiros alunos a partir de 1º de agosto de 2005. Que alegria! Depois vieram outras e outras turmas. Em 2006, implantamos o EJA-2º Segmento. Com ele, novos colegas e alunos. Nossa turma havia crescido! Passei à coordenadora pedagógica do 3º Segmento e a colega Jacqueline Ribeiro d0 2º Segmento, num trabalho integrado e harmonioso junto à equipe de professores. Foi uma parceria que deu certo!

Estudávamos e buscávamos formas de melhorar a qualidade do trabalho pedagógico oferecido. Entretanto, havia barreiras no sistema que emperravam e até impediam o desenvolvimento desse trabalho. Em abril de 2008, uma situação extremamente difícil: o desmonte da equipe coordenadora.

Poderia, à época, ter voltado à tutoria da disciplina Filosofia, mas preferi sair do projeto e permanecer coerente com a minha consciência. E não me arrependo disso! Bem, isso não foi o fim. Já havia sido picada pela "abelhinha" da EaD, e a história continua!

Lá, naquele espaço histórico, pude várias vezes afirmar: "Nunca fui tão feliz na Secretaria!" Isso é possível, caros colegas, mesmo que "alguns" não queiram ...


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Você sabe o que é twitter?


Ei, você já sabe o que é twitter?

Além de ser a nova "onda virtual" do momento, é uma ferramenta de interação bastante interessante. Confira e forme sua opinião a respeito, acessando:

http://twitter.com/


Depois, siga-me em http://twitter.com/bmaysa

Em seguida, poste aqui seu comentário!

Educação a distância: limites e possibilidades

Por Sylvia Vergara *

1. Por que educação a distância?
Educação a distância é um conceito muito em voga atualmente. Primeiro, porque vivemos a era da informação, e saber trabalhar com ela é fundamental para poder gerar conhecimento e adquirir vantagem competitiva. Segundo, porque para usufruir de tal vantagem é preciso ter um grande contingente de pessoas capazes de gerar conhecimento e, nesse aspecto, a educação formal é um meio privilegiado. Terceiro, porque as tradicionais formas presenciais de educação, sozinhas, não dão conta da empreitada que hoje se coloca para países, estados, municípios, empresas, organizações em geral.

2. O que é educação a distância?
Mas, afinal, o que é educação a distância? O decreto n. 2.494/98 a define como "uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação".

Um olhar na história nos informará que o conceito não é novo. Muitos, certamente, se lembrarão do "ensino por correspondência", bastante utilizado até os anos 60. Resolvia muitas questões de aprendizado, sobretudo o técnico, mas a interação com os professores era pouca ou nenhuma durante o processo, às vezes limitando-se à avaliação final da aprendizagem, sem um grande feedback.

No fim da década de 60, outros meios começaram a ser utilizados: rádio, televisão, audiocassetes, videocassetes, telefone. Nos anos 70, a informática entrou no processo, dando-lhe mais agilidade e permitindo maior interação entre aluno e professor. Hoje, não são poucos os recursos que a telemática põe à disposição de quem se propõe à auto-aprendizagem. A Internet nos diz que o céu é o limite.

3. O uso da educação a distância por empresas
No rastro das possibilidades da telemática, várias empresas estão implementando cursos de treinamento remoto, mais adequados a tarefas essencialmente técnicas ou operacionais, e cursos de educação continuada, adequados quando a proposta é de desenvolvimento do aluno, o que pressupõe pensamentos mais abstratos e sua articulação com a praticidade do cotidiano. Com as empresas Embratel, Petrobras, BR Distribuidora e Xerox, não está sendo diferente.

Em 1998, as quatro firmaram uma parceria. Desejavam promover educação via Web. Era sua primeira iniciativa como parceiras, embora cada uma já tivesse experiências individuais. Decidiram por promover um curso de Gestão de Pessoas, destinado a gestores atuais e potenciais. As empresas tinham, então, um duplo desafio: estabelecer a parceria e promover um curso que, tradicionalmente, tem sido feito de modo presencial. Na empreitada, contaram com o auxílio dos Cursos de Informática e de Administração da PUC-Rio, bem como da empresa MHW.

Textos, chats, fóruns, imagens animadas, tudo foi possível. O conteúdo do curso ficou por minha conta, sendo, portanto, minha propriedade intelectual. Acrescentei mais um desafio à parceria estabelecida pelas empresas mencionadas: escolhi temas como as características do mundo contemporâneo, a trama tecida por tais elementos e seu impacto no ambiente de negócios, processos motivacionais, liderança requerida nesses novos tempos, poder nas organizações e trabalho em equipe.

Com eles, lidei privilegiando abordagem holística, aquela capaz de estabelecer interconexões de diferentes áreas do conhecimento e dessas com o cotidiano da vida. Apresentei teorias e conceitos, contei histórias do dia-a-dia, narrei lendas, utilizei o recurso de metáforas e, em metodologia interativa, convidei o aluno a fazer os exercícios que ia apresentando. O estilo descontraído do web training, que escolhi, o torna uma conversa com o aluno. A tônica é o convite à reflexão e à ação.

4. O exemplo da Xerox revela possibilidades e limites
No caso Xerox do Brasil, aqui destacado como exemplo, mais de 100 pessoas já fizeram o curso. Está sendo um sucesso que aponta para uma das maiores possibilidades da educação a distância: atingir um grande número de funcionários, romper fronteiras geográficas, respeitar o ritmo de aprendizagem de cada aluno e, ao mesmo tempo, reduzir custos. Como no hipertexto, pode utilizar pessoas que funcionem como multiplicadores, abrindo novos espaços. Pode, também, estabelecer fecundas parcerias entre universidade e empresa, cada uma disponibilizando para a outra, seus pontos fortes.

Um dos limites, não uma restrição, é que a educação a distância exige dos alunos disciplina intelectual e uso responsável da liberdade no uso do tempo. Exige, também, que alguém se responsabilize por tornar amigável e viva a relação entre aluno e software -, bem como entre alunos - e, ao mesmo tempo, responsabilize-se por cobrar resultados; exige tutoria a distância.

No caso da Xerox, a responsável pelo curso, Dayse Monteiro, tem feito isso com maestria. Também ela conversa todo o tempo com os alunos, aquecendo-lhes a auto-estima e a motivação. Um sucesso! Na escola virtual da Xerox, tem até formatura. Da última participei, num chat descontraído com direito a discurso e tudo no final. Um must!

5. Para concluir
À guisa de conclusão, vale aqui fazer duas ressalvas. A primeira é que a educação a distância não decreta a ruína da educação presencial. Ela apenas representa mais um meio do qual se dispõe para promover educação. A segunda é que tecnologia é meio. Temos de admitir que é um meio que vem mudando lógicas de pensamento e formas de vida, mas é um meio. Nesse sentido, convém sempre ter em mente a que fim se destina.

Utilizando uma metáfora, posso dizer que tecnologia é um dedo - e precisamos estar atentos para onde esse dedo aponta. Espero, sinceramente, que ele aponte para fins éticos, dignos, que garantam a integridade pessoal e coletiva, tornando o mundo bem melhor e, no caso brasileiro, especificamente, uma nação mais justa.

* Sylvia Constant Vergara é Doutora em Educação, Mestre em Administração, professora da FGV-Rio e autora dos livros Gestão de Pessoas e Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração.

Disponível em: http://www.timaster.com.br/revista/artigos/main_artigo.asp?codigo=85&pag=2 Acesso em: 25/06/2009

O que é design instrucional


O design instrucional tem sido apontado como um dos elementos mais importantes no processo de desenvolvimento de projetos de educação à distância. Tenho conversado com alguns especialistas que demonstram preocupação com a dificuldade de incorporar ferramentas síncronas e assíncronas na modelagem de seus cursos, dificuldades com a tutoria e com o feedback para os alunos que estão à distância. Esta preocupação, acredito, é no sentido de relacionar a aquisição de habilidades mentais básicas à aquisição de conhecimento.

Projetos de EAD que visam a construção de conhecimento podem fazer uso do design como ferramenta cognitiva. Este mês, vamos apresentar dois modelos de design instrucional, evidenciando a forma pela qual os autores em EAD podem procurar especificar seus conteúdos.

Um pouco de história

O design instrucional pode ser definido como um ciclo de atividades, um plano geral de curso, incluindo seqüência e estrutura de unidades, os principais métodos a serem usados em cada aula, o grupo de estruturas e, o controle e avaliação do sistema.

Na década de 70, alguns autores acreditavam que o design era essencialmente racional, lógico, um processo seqüencial voltado para a resolução de problemas. Atualmente, vê-se o design como uma atividade compartilhada pela equipe envolvida no processo de geração de ambientes de aprendizagem mediados pela tecnologia, em última análise, a equipe envolvida em educação à distância.

Mas, o que é o design? Se partirmos do princípio que o design é um processo, podemos admitir que são necessários modelos para fornecer procedimentos para produção sistemática de informação, incorporando elementos fundamentais da instrução como análise da população alvo, determinação de objetivos, entre outros procedimentos. Podemos ver estes modelos em um nível macro, onde discute-se um projeto inteiro, ou em nível micro, quando falamos de um curso.

O design tradicional, usualmente, trata o aluno como parte de um conjunto de alunos com condições e limites semelhantes. Alguns modelos adaptativos medem o progresso individual frente a objetivos de aprendizagem, porém esta não é a regra geral. A avaliação assume um objetivo universal para a instrução e mede a capacidade do aluno de alcançar determinado objetivo.

As fases clássicas do desenvolvimento de um programa à distância podem ser divididas em:

  • Fase de análise: é a base de todas as outras fases. Durante esta etapa o problema deve ser analisado, as fontes do problema devem ser identificadas e as possíveis soluções devem ser determinadas. Suas saídas são as entradas para a fase de projeto;

  • Fase de projeto: envolve a definição de como alcançar os objetivos determinados durante a análise e expandir a fundamentação instrucional. É parte desta etapa: descrever a população alvo, conduzir a análise da aprendizagem, escrever os objetivos e itens de teste, selecionar o sistema de saída e dar seqüência à instrução;

  • Fase de desenvolvimento: tem como suporte as fases de análise e de projeto. O objetivo é gerar o plano e os materiais da lição. Nesta fase serão desenvolvidas a instrução, as mídias usadas e a documentação. Pode incluir também hardware e software.

  • Fase de implementação: refere-se à efetiva entrega para uso da instrução. Esta fase deve fornecer aos alunos compreensão do material, suporte aos objetivos e garantia aos alunos da transferência de conhecimento do conjunto instrucional para o trabalho.


  • Avaliação: é a fase que mede a eficiência da instrução. Deve ocorrer ao longo de todo o processo do design instrucional - dentro das fases, entre as fases e após a implementação. A avaliação pode ser formativa ou somativa. Avaliação formativa ocorre durante e entre as fases. Avaliação somativa, em geral, ocorre após a versão final da implementação. Este tipo de avaliação verifica a eficiência da instrução.
Disponível em: http://www.timaster.com.br/revista/artigos/main_artigo.asp?codigo=359&pag=2 Acesso em: 25/06/2009.



Seja bem-vindo!

O objetivo deste blog é construir um espaço interativo de reflexão e discussão sobre questões relacionadas à educação a distância, com ênfase em design instrucional e tutoria.

Fique à vontade para discutir, comentar, criticar e/ou complementar os temas abordados!


Vamos lá?